Muito se fala sobre os caminhos que o Brasil tomará no processo de eletrificação de sua frota de veículos. Uma das opções mais aventadas é o aproveitamento do etanol enquanto fonte de conversão para hidrogênio e, posteriormente, energia elétrica, através das chamadas células de combustível.
A Mobiauto já detalhou como, por exemplo, a Volkswagen vem tentando viabilizar a tecnologia. Sua principal vantagem está na existência prévia de uma infraestrutura de abastecimento com o combustível derivado da cana-de-açúcar.
Além disso, a tecnologia dispensa o uso de grandes bancos de bateria, visto que o motor elétrico é alimentado diretamente pela célula. Como o Brasil não produz baterias em larga escala, e o fabrico destas ainda representa grandes danos ao meio ambiente, a solução com uso do etanol pode ser uma das mais eficientes disponíveis para nossa realidade.
Pensando nisso, no fim do último mês, pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) patentearam um reator químico compacto, ou microrreator, ou ainda microrreformador, produzido por impressão 3D e capaz de transformar etanol em hidrogênio, a primeira etapa do processo.
Um dos objetivos de se criar um reformador em tamanho reduzido é permitir que ele seja embutido dentro da própria célula de combustível. Com isso, seria possível criar células modulares, produzidas em larga escala sempre com o mesmo padrão, em vez de usar modelos diferentes de células e reformadores para cada tipo de veículo.
Por exemplo, enquanto um carro de passeio compacto demandaria apenas uma célula, um SUV médio usaria duas e uma picape média ou veículo comercial como um micro-ônibus, três.